18/02/08

Do homem da camisa às riscas, na foto, se disse: «Cadavers have never been an obstacle to Hashim Thaçi’s career»

Eu não tenho jeito para escrever à Manuel Alegre, mas aqui vai: hoje é um dia vergonhoso para a União Europeia.
Proclamada a independência do Kosovo, os políticos europeus preparam-se mais uma vez para meter o cu entre as pernas reconhecendo o governo de Hashim Thaçi, um ex-admirador de Enver Hoxha responsável pelo grupo mafioso de Drenica e operacional da organização terrorista UÇK (conhecida pelas ligações à Al-Qaeda), criatura a quem os EUA concederam, entretanto, o estatuto de herói, à imagem e semelhança do que fizeram no Afeganistão com os trogloditas dos Talibãs.
— Para ficar a conhecer o homem a quem a UE planeia dar a mão clique AQUI
— Directamente em português, leia-se o jornalista Pedro Caldeira Rodrigues
— Remate-se com o extraordinário romance A ponte sobre o Drina, de Ivo Andrić (Cavalo de Ferro)

5 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Os europeus apenas fazem o que os americanos mandam. Se o pai Wbush mandou dar a independência, dá-se, não há discussão.

Não percebi o que é que os americanos têm empatado naquilo, mas também aqueles teóricos que por lá andam vivem todos no mundo da lua. Vai ser um país melhor que Timor.

Mas disto tudo veio uma coisa boa: um verbo novo. Logo um verbo que muito enriquece as línguas. O verbo kosovizar. Se a coisa está mal, kosovise-se.

Luis Eme disse...

Não percebo como é possível, isto acontecer...

Parece mais um finca pé dos EUA à Rússia, sem guerra fria.

Ouvi o ministro espanhol e percebi os medos... pois a Galiza e a Catalunha, são "países" muito mais desenvolvidos e atraentes que o Kosovo...

Anónimo disse...

Olha o Queequeg

Ana Cristina Leonardo disse...

Creio que se chama a isto geo-estratégia...

João Ventura disse...

Pertinente este post. Também pelos links para onde nos envia, que demonstram o que eu, não sendo muito versado em política balcânica, já suspeitava. Quem disse que a história não se repete nunca? Continuar a ler, então, «A ponte sobre o Drina», agora sem parar nas «Portas».